A partir da ideia do livro do crítico e historiador Antoine de Baecque, Cinefilia, o cineclube traz um mês sobre o período do cinema francês e mundial que vai do pós-guerra (1944), com o surgimento de inúmeros cineclubes e a descoberta de diversas obras na França, até maio de 1968, quando a política torna-se ainda mais presente entre críticos e cineastas.
Nesse período, surgem teóricos importantes, como André Bazin, um dos pais-fundadores da revista Cahiers du Cinéma. Foi sob a influência de suas ideias a respeito do cinema, fundadas no realismo, que mais tarde os críticos dessa revista se tornariam cineastas e fundariam o movimento nouvelle vague. São nomes como François Truffaut, Jean-Luc Godard e Éric Rohmer.
A cinefilia é um momento em que o cinema é entendido como religião (portanto, objeto de culto e não um mero divertimento), sem interferências políticas e em espaços – como os cineclubes e as publicações – onde se discutia profundamente a sétima arte. Nesse período, cineastas antes considerados “malditos” ou mesmo comerciais são elevados à categoria de “autor” pelos franceses. São diretores como Alfred Hitchcock e Orson Welles. Além disso, os membros da cinefilia não deixam de reverenciar mestres como Renoir, Vigo e Rossellini (cujo cinema neorrealista surge justamente no final da Segunda Guerra Mundial).
(Rafael Amaral)
Programação
Dia 7: Bob, o Jogador, Jean-Pierre Melville
(França, 1955)
Título Original: Bob, le Flambeur
Duração: 98 min. / p&b
Gênero: Drama / policial.
Classificação indicativa desconhecida

Dia 14: Viver a Vida, de Jean-Luc Godard
(França, 1962)
Título original: Vivre sa vie
Duração: 80 min. / p&b
Gênero: Drama
Classificação indicativa desconhecida

(França, 1966)
Título original: Suzanne Simonin, la Religieuse de Diderot
Duração: 136 min. / cor
Gênero: Drama
Classificação indicativa desconhecida
Lançado em 1966, o filme ficou mais lembrado por sua censura do que pelo conteúdo. Considerado um dos três pilares que levaram ao fim do período da cinefilia (os outros dois são o fechamento da Cinemateca Francesa e o maio de 1968), o trabalho de Rivette fez, à época, uma dura crítica às instituições religiosas do século 18. Ele apresenta a história de uma freira (também vivida por Anna Karina) que é torturada em um convento, justamente por desejar a liberdade. Mais tarde, ela é assediada por outra freira. As amostras de um relacionamento entre duas mulheres não foram bem recebidas pelo governo do general De Gaulle, que pediu a interdição da obra. O caso gerou protestos de críticos e cineastas como Godard e ajudou a fomentar a revolta da comunidade cinematográfica com as políticas da França.
Dia 28: Os Sonhadores, de Bernardo Bertolucci
(Inglaterra, Itália, França, 2003)
Título original: The Dreamers
Duração: 115 min. / cor
Gênero: Drama
Inadequado para menores de 16 anos


Auditório FATEC - Av. União dos Ferroviários, 1760 Jundiaí/SP, prédio ao lado do POUPATEMPO (entrada pelo local). Para chegar, de carro, ao prédio do auditório onde são realizadas as sessões, basta passar em frente ao galpão onde ficam os carros de carnaval e entrar à esquerda em uma ruazinha estreita. Em frente a esta rua fica às vezes uma placa de "proibido entrar" - não tem problema, entre assim mesmo.
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Um comentário:
Parabéns pela programação!
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