O filme escolhido pela maioria do público foi:
A Fita Branca
(Áustria, Alemanha, França e Itália, 2009)
título original: (Das Weisse Band - Eine Deutsche Kindergeschichte)
lançamento: 2009 (Áustria, França, Alemanha, Itália)
direção:Michael Haneke
duração: 144 min
gênero: Drama
Não recomendada para menores de 16 (dezesseis) anos
As personagens vivem enclausuradas, sem qualquer contato com uma realidade diferente daquela exposta por seus ancestrais. É esperado que, assim como a bondade e os preceitos religiosos, a maldade também seja passada de pai para filho – ainda que os pais, mergulhados em uma hipocrisia cega, não consigam reconhecer isso. Poucos filmes recentes conseguem traduzir o embrião do mal, responsável por diversas atrocidades do século passado, tão bem como A Fita Branca. São mais de duas horas em que o ambiente carrega a maldade. Em uma fotografia em preto e branco, as personagens assemelham-se a fantasmas, ou mesmo seres contaminados em um mundo prestes a se destruir. O filme foi descrito como um trabalho sobre a origem do nazismo na Alemanha pré-Primeira Guerra Mundial. Por outro lado, como o próprio Haneke fez questão de lembrar, é um trabalho que vai além das fronteiras germânicas. A religião e o ódio que esvai da necessidade de educação de algumas crianças, revertida, na verdade, em prisão e repressão, é um dos condutores à violência presente durante o filme. Do branco da igreja às chamas do estábulo, Haneke envolve a maldade e a prisão em um véu que é metaforicamente exposto pelo texto na fita branca que as crianças são obrigadas a usar pelo pai e pastor do vilarejo.
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